Fogo que arde sem se ver...
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Minha escuridão total, meu vazio
Sete palmos acima, a frente ou abaixo
Nenhuma diferença faz
Luz do fogo revela minha face decadente
Cético? Não, Sou apenas descrente
Labaredas que me tornam mais frio
Antitético? Quem sabe um pouco diferente
Ódio incandescente arde e me consome
E quando caio, nem tento chamar por um nome
Pois estou sufocado demais para poder gritar
Em queda livre, sem chão, sem ar
Não tenho em quem segurar, onde me apoiar
Silêncios, silêncios nunca traduzidos
Falam e falam, mas impedem olhos e ouvidos
Pois não querem aceitar o que vem de fora
É fácil falar e não querer ver e ouvir
É dificil aceitar a realidade como ela é
Abrasada raiva que rasga o que resta em mim
Pendor esse que não tem fim
Ninguém se importa, as pessoas são assim
Toda consideração é apenas ilusão
Ardor esse que não tem fim..
Cético? Poético? Patético?
Lados de um dado, revelados
Não há mais esperança, por mim, queimada foi
Mas ainda é cedo para poder ter medo
Espere pelo calor do dia
Amanhã será o mesmo dia de ontem, de hoje
Amanhacerá meu mundo com tons de cinza
E o fogo se apaga, se acaba em cinzas
Ode a boemia
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Nada mais vivo
que a asfixia
do alcatrão
Nada mais libertinoso
do que o gosto
da sedução
Nada mais incendiário
do que a mente
numa prisão
Nada mais... morto
que o silêncio
do meu caixão
Por Burbura
que a asfixia
do alcatrão
Nada mais libertinoso
do que o gosto
da sedução
Nada mais incendiário
do que a mente
numa prisão
Nada mais... morto
que o silêncio
do meu caixão
Por Burbura
Vida, vento, violão e a vastidão do mar...
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Ao som do violão, vou tocando a vida em frente
Frente à vastidão, vejo o sol se fazer poente
Como a vela que, antes ardente, se apaga
Buscando outros ares sou forasteiro do litoral
Beirando novos mares pra sentir na pele o sol, o sal
Como quem, na areia quente, sozinho vaga...
A pausa que retrata o instante, o momento
É o retrato da paisagem, da loucura da miragem
Do caos que forma o meu distante pensamento...
Assinar:
Postagens (Atom)