Do
vôo da alma, a purificação
Onde
a justiça não cega, segue
Leve,
como há de ser o coração
E a liberdade lhes foi entregue
Assim
que veio a pena a trazer
A prece e o sonho que carregue
Vem a pena ao acaso, oferecer
Toda a graça, virtude e pureza
A
quem de bom grado a receber!
Guia dos espíritos da natureza
Ela vem com a sabedoria anciã
E
traz, nas asas do vôo, a leveza
Nas chamas ancestrais do xamã
Revela
a fênix, renasce a pena
E se fixa na carne feito talismã!
Minha proteção a voar serena
E lembrança de que
essa vida
Há de ser vivida pura e plena!
E a pena voa, pois não há saída
Sobrevoa e vê lá de cima, sábia
Que
a sorte há de voar indefinida...