"Estou aqui onde sempre quis estar
Devo tudo isso a ti, mas preciso voar..."
Scalene
(Haven de Vladimir Kush)
Meu doido coração, aonde vais
Afoito em busca dos quatro ventos?
És doído, vide as correntes austrais
E te prepara para futuros lamentos!
Vai, sem demora, para a liberdade
Mas te retornas de novo à quietude
Sem o embaraço de sentir saudade
E de amar, portanto, amiúde!
Veleja entre os mares mais bravios
Sem receio de encontrar a calmaria.
Aonde vais então, oh, vadio coração?
Tomam a guia do amor os desvarios...
E a riqueza mais rara és tua alforria
De amar sem medo d'outra desilusão!