(Clicar na imagem para ampliar - O bebedor de absinto por Viktor Oliva)
Loucura é só o que sinto...
Absinto, que abstrai a lucidez
Dai inspiração ao velho poeta
Em meio à febre que o afeta
Dai o spleen, bebida calorosa
Que a noite é jovem, fria e é formosa!
Que a névoa de lágrimas cubra o dia morto
E o mal-do-século cure o verso torto
Que o uivo à lua seja rouco
Pois a tosse revela a enfermidade
Que o meu viver seja de todo o mais louco
Para dar razão à terrestre efemeridade...
E a vela arde em sutil luminosidade
Enquanto nós morremos, em tão tenra idade!
Suicídio da métrica, da forma, de modo vil,
Somos os mais malditos nesse mundo sombrio
O calor do delírio sua a carne pálida
Apesar de vagarmos em noite gélida
Somos os solitários em insônia febril
Somos os mais malditos que alguém já viu!
Os filhos da chuva, do vinho e da morte,
Ciganos vivendo da mais pura sorte!
Acenda esse fogo só por um minuto
Pra que eu queime o poema num grave charuto...
Por Sallazar e Pandora.
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4 surtos poéticos/patéticos:
É fato, a gente nasceu na época errada.Isso é bom por um lado, faz com que achem que somos originais ;)
Minino, assim vc terá uma overdose de ultra Romantismo!
Chega de tabernas, bebedeiras, palidez e sinestesias!
Tire um tempo, vá para o campo, fuja da cidade, colha o dia, e durma com ovelhas!
Também posso te apresentar o meu amigo Gregório, q também sofre de muitos conflitos internos, pensamentos luxuriosos e adora escárnios, apesar de ser muito religioso.
;D
ah eu lembro desse =p
ficou legal pacas, adorei!!
meu favorito! genial
=]
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