“Pra falar verdade,
Às vezes minto
Tentando ser metade
Tentando ser metade
Do inteiro que eu sinto”
O Teatro Mágico
(foto de Gabriela Ciolini)
Afinal, quem nunca se calou ou se enganou frente a um grande amor?
E teve, em segredo, um medo meio infantil de não haver no outro a mesma idéia que cultivava em si? Mascarou o sentimento não correspondido e criou seu mundo mágico escondido. Foi uma história vista só de um ponto, um conto jamais escrito, e que, só na imaginação, teve sua encenação. Sendo assim, ficamos sussurrando um amor etéreo que permanece em mistério...
Distante, confesso:
Tentei decorar cada detalhe teu
- Um olhar distraído, o aroma perdido -
Para que pudesse, em vãos momentos, eu
Cantar ao negro céu entristecido
O que era pra ter sido e não aconteceu
Deixei em tantas entrelinhas
Este sentimento oculto, subentendido,
Cifrado na forma de saudades minhas
Que não vês, não supões nem te revelo
- Apenas mais um no meu peito iludido -
Tanto quis falar, e fui lacônico
E só no silêncio pude achar consolo
Para a angústia de um amor platônico
- A cada verso dito um suspiro tolo -
[...]
Em ti eu vi a felicidade desta vida...
Sem perceber, por ti eu me encantei,
Tornei-me refém d’uma paixão desmedida,
E em confidência, me calei.
[...]
E, silente, lhe peço:
Não me abandones com este segredo
De um coração que facilmente se ilude...
Nem me deixes com esta solidão (e medo)
Pra perceber que te amei mais do que pude.
‘Concluo que não adianta em nada querer ignorar
Tentar afastar um destino que me foi reservado
De todo meu coração a ti dedicar e devotar
Sem pensar em esperar um dia ser recompensado
A natureza insiste em sempre me fazer lembrar
O quanto me enganei tentando acreditar que sou forte
O vento sopra seu nome falando apenas por falar
Fazendo-me chorar e maldizer minha própria sorte’
Apenas mais uma - poesia ou música - de amor...pois que seja fraqueza então
3 surtos poéticos/patéticos:
Tocante teu poema, diria uma manifestação de emoção recôndita, uma explosão de um delírio que ocultava-se e precisava ser manifesto, e prova o quanto ainda ama de modo admirável poeta, tu voltaste garoto com a veia lírica dos trovadores ainda mais que viva, muito bom,
um cordial abraço.
Em contraste ao erudito comentário acima: Arrasou, ném! ;)
HAHAHAHAHAHA! agradeço a ambos pelos comentários. eruditos ou não, néns.
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