terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Ele não devia nada a ninguém. Não devia, mas acabou entregando tudo a alguém.

Retrospectiva (2012)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
"se eu fosse o primeiro a voltar
Pra mudar o que eu fiz,
Quem, então, agora eu seria?

Ah, tanto faz
Que o que não foi não é
E eu sei que ainda vou voltar...
Mas eu quem será?

E se eu for o primeiro a prever
E poder desistir
Do que for dar errado?

Ahh, ora, se não sou eu
Quem mais vai decidir
O que é bom pra mim?
Dispenso a previsão

Ah, se o que eu sou
É também o que eu escolhi ser
Aceito a condição..." - Rodrigo Amarante


Bem, andei meio nostálgico por esses dias. Não somente do ano passado, mas de um 
passado mais remoto. Mas, aproveitando esse momento mais-passado-que-presente-e-futuro, resolvi fazer uma breve retrospectiva daquilo que os acasos do universo, aliados ao meu livre arbítrio, me proporcionaram no ano de 2012. Então...

...primeiramente, voltei com esse blog, né. Ideia que estava desde 2010 sem execução. Escrevi pouca coisa, tanto em termos poéticos quanto musicais – como se fosse possível separar ambos. Acho que produzi pouco intelectualmente. Sem muitas reflexões, tive minhas costumeiras epifanias, mas apenas. Entrei em uma banda nova. Epifonia, de rock pop. Não, não é pop rock, mas um rock popularmente mais aceito. Fui para mais eventos com sertanejo e pagode do que eu gostaria. Consequentemente, ouvi mais sertanejo e, talvez por exposição prolongada e acomodação, acabei por apreciar um pouco. Logo, decorei letras do Jorge e Mateus e não decorei letras pra minha banda. Exagerado, eu fui mesmo exagerado: sorri até as bochechas ficarem dormentes e chorei na minha cama até o dia clarear. E senti saudades exageradamente. Chorei por elas, mas também sorri. Amei e fui amado. Desamei e desalmado fui. Andei sem rumo, ri sem razão, chorei sem motivo. Bebi sem-vergonhamente. Cai proposital ou acidentalmente. Pulei, brinquei, dancei, cozinhei, deixei o cabelo crescer mais. Fui feliz. E triste. Gritei de alegria e de raiva. Não tomei um banho de chuva digno de ser lembrado. Andei de Toga - lençol - e de Pirata pelas ruas. Perambulei usando sutiã pela UnB e depois corri de cueca lá. Lá e em diversos outros lugares, e pretendo parar com isso nesse novo ano. Assisti a uma aula e fiz uma prova bêbado. No entanto, consegui um estágio. Voltei para uns e parti de outros. Olá! conheci pessoas novas: umas fugazes, outras nem tanto. Descobri que não sou o único a sentir cócegas nos membros inferiores quando eles ficam dormentes e, por isso, ficar rindo descontroladamente enquanto ninguém entende o que se passa HAHAHA. Pela primeira vez, senti medo e duvidei de algo que, anteriormente, era dócil e cômodo em mim: uma ideia, uma filosofia de vida. Fiquei tenso, aflito. Tive medo do tempo. Vi o mar mais de uma vez no ano. Silenciei-me, atento, perante ao sol a se deitar por inúmero fins de tarde. Olhei horas pro céu. Talvez dias. Fui louco e fui quieto. Tempestade e calmaria. Vento e ventania. Descobri-me e redescobri-me; defini-me e redefini-me. Aprendi, enfim. Arrependi-me do cometido e do não-cometido. Arrependi-me de ter me arrependido. Não fiz grandes feitos, mas mudei um pouco do mundo ao meu redor ao longo desse tempo. Às vezes pra melhor, às vezes pra pior infelizmente. E agora é andar para a frente...