Pra mudar o que eu fiz,
Quem, então, agora eu seria?
Ah, tanto faz
Que o que não foi não é
E eu sei que ainda vou voltar...
Mas eu quem será?
E se eu for o primeiro a prever
E poder desistir
Do que for dar errado?
Ahh, ora, se não sou eu
Quem mais vai decidir
O que é bom pra mim?
Dispenso a previsão
Ah, se o que eu sou
É também o que eu escolhi ser
Aceito a condição..." - Rodrigo Amarante
Bem, andei meio nostálgico por esses dias. Não somente do ano passado, mas de um
passado mais remoto. Mas, aproveitando esse momento mais-passado-que-presente-e-futuro, resolvi fazer uma breve retrospectiva daquilo que os acasos do universo, aliados ao meu livre arbítrio, me proporcionaram no ano de 2012. Então...
...primeiramente,
voltei com esse blog, né. Ideia que estava desde 2010 sem execução.
Escrevi pouca coisa, tanto em termos poéticos quanto musicais –
como se fosse possível separar ambos. Acho que produzi pouco
intelectualmente. Sem
muitas
reflexões, tive minhas costumeiras epifanias, mas apenas. Entrei em
uma banda nova. Epifonia, de rock pop. Não, não é pop rock, mas um
rock popularmente mais aceito. Fui para mais eventos com sertanejo e
pagode do que eu gostaria. Consequentemente, ouvi mais sertanejo e,
talvez por exposição prolongada e acomodação, acabei por apreciar
um pouco. Logo, decorei letras do Jorge e Mateus e não decorei
letras pra minha banda. Exagerado, eu fui mesmo exagerado: sorri até
as bochechas ficarem dormentes e chorei na minha cama até o dia
clarear. E senti saudades exageradamente. Chorei por elas, mas também
sorri. Amei e fui amado. Desamei e desalmado fui. Andei sem rumo, ri
sem razão, chorei sem motivo. Bebi sem-vergonhamente. Cai proposital
ou acidentalmente. Pulei, brinquei, dancei, cozinhei, deixei o
cabelo crescer mais. Fui feliz. E triste. Gritei de alegria e de
raiva. Não tomei um banho de chuva digno de ser lembrado. Andei de
Toga - lençol - e de Pirata pelas ruas. Perambulei usando sutiã
pela UnB e depois corri de cueca lá. Lá e em diversos outros
lugares, e pretendo parar com isso nesse novo ano. Assisti a uma aula
e fiz uma prova bêbado. No entanto, consegui um estágio. Voltei
para uns e parti de outros. Olá! conheci pessoas novas: umas
fugazes, outras nem tanto. Descobri que não sou o único a sentir
cócegas nos membros inferiores quando eles ficam dormentes e, por
isso, ficar rindo descontroladamente enquanto ninguém entende o que
se passa HAHAHA. Pela primeira vez, senti medo e duvidei de algo que,
anteriormente, era dócil e cômodo em mim: uma ideia, uma filosofia
de vida. Fiquei tenso, aflito. Tive medo do tempo. Vi o mar mais de
uma vez no ano. Silenciei-me, atento, perante ao sol a se deitar por
inúmero fins de tarde. Olhei horas pro céu. Talvez dias. Fui louco
e fui quieto. Tempestade e calmaria. Vento e ventania. Descobri-me e
redescobri-me; defini-me e redefini-me. Aprendi, enfim. Arrependi-me
do cometido e do não-cometido. Arrependi-me de ter me arrependido.
Não fiz grandes feitos, mas mudei um pouco do mundo ao meu redor ao
longo desse tempo. Às vezes pra melhor, às vezes pra pior
infelizmente. E agora é andar para a frente...
1 surtos poéticos/patéticos:
2013: roubar um gnomo.
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