"And a new day will dawn for those who stand long..."
Nunca vi árvores chorando
Pelo fruto caído - maduro
Com medo do vento futuro
Que virá na próxima estação
Arrancar-lhe as folhas, flores
Talvez galhos...
Nem andorinhas com pressa
Voando a procura de atalhos
Que possam tornar mais breve
A travessa conhecida e leve
E repetida - outra migração
De uma outra estação...
Nunca vi o céu desesperado
Ao se despedir do sol ou lua
Pois o céu é velho e conhece
Que se vai e não vai atrasado
Parte tal andorinha sem pressa
E detrás da nuvem que flutua
Devagar regressa...
Nem tristeza não-inventada
Pois nunca vi árvore chorando
Sem galhos e sem coroa de flores
Nunca vi, pois somos homens
Tão falhos com as próprias dores
E sem coroa de espinhos, ainda