Sinais.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Tarde da noite, rua deserta
E a lua cheia de mistérios
Como sempre, semi-coberta
Pela nébula que logo dissipa
E a revela, na luz pálida
Onde descansa...

Na noite fria, na noite mansa
Se faz brilhar uma luz amarela
Advinda d'uma outra fonte,
Que não da lua no horizonte!
E, enquanto o vento frio gela
Todo pensamento cíclico
Que se repete e repete mais
Tal qual se repetem os Natais
E suas luzes de pisca-pisca

Tal qual um sinal intermitente
Uma luz, do espectro amarelo
Capaz de me conduzir além
Do juízo, universo paralelo!
E o sinal brilha - intermitente
Tal qual o batimento cardíaco
Ou a nuvem na frente da lua
E o descompasso do zodíaco
Ciclos do motor do carro,
Do pensamento, inspiração
Da flor nascente sazonal
Ou de qualquer outra ordem
Que já passou. Era um sinal
Intermi
            tente
                De que estou vivo.

Fique alerta [silêncio]
Fique alerta - ele diz.

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