Ainda que no meu lábio seco se dissesse
Uma última súplica, pedido feito prece
E nele se escorresse uma lágrima morta
É o arrependimento que não se esquece,
Que no choro não fenece,
E tampouco o reconforta.
A um perdão que nunca vem, desaparece
Tal qual miragem que ilude e desvanece
Nas névoas densas de um inverno morno
A mágoa vira água e evapora e umedece
De algum jeito permanece
Em um eterno retorno.
1 surtos poéticos/patéticos:
(Y)
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