Blues.
sábado, 30 de abril de 2016
A cor da tristeza
No céu vira acorde
Vibrando na corda
Que recorda o vento
Assobiando no ouvido
Na voz se transborda
O lamento vivido
E no vento vibrante
Voa o tom dissonante
Um acorde: tristeza
O uivo
De um lobo
Melancólico
Em um solo
Pentatônico.
Rubescência.
quarta-feira, 27 de abril de 2016
"O sol nasceu vermelho"
Do breu fez-se a cor amanhecida
Estampada no céu de sangue vivo
Que escorria por entre as nuvens
Colorindo como verbo defectivo
Que não se conjuga mais.
E eu não sei se o céu ficou assim
Pela minha saudade adormecida
Ou a saudade se declarou carmim
Escorrida pela vontade do céu
Que não quer mais chorar.
E se não sente, insiste na dormência
De não sentir a chuva nos olhos
E sangue nas veias, o que é imposto
É a memória quente, cor-de-canela,
Na rubescência do rosto.
Leaving rope burns
Reddish rouge
Dancei.
quinta-feira, 7 de abril de 2016
Hoje a saudade me procurou
Sem descanso, um dia inteiro
Até que a deixei me encontrar
Pra que eu fosse seu parceiro
Nessa dança da lembrança:
Um pra lá e o outro pra cá
E dor pra cá, e dor pra lá...
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