P&B
segunda-feira, 6 de março de 2017
Na penumbra atravessa um traço de luz
Pois só há sombra se há o que for luzido
E onde transpassa este fulgor traduzido
Embrasam as formas nos tons mais crus
A revelar tudo o que a voz não traduz
Há de ficar o tempo em grafismos emudecido
Contornos frios sobre cada eco esquecido
Nos abismos, ao que toda memória se reduz
Linhas imutáveis ficam no papel inodoro
E incolor, e insonoro; um império a ruir
Desbotando-se em afetos monocromáticos
A presença do aroma que escapa do poro
Do pólen da flor, do timbre da voz, a fugir
Em fantasmas evanescentes e enigmáticos...
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