Vida, vento, violão e a vastidão do mar (continuação)
terça-feira, 28 de abril de 2009
Ao som do violão, vou tocando a vida em frente
Frente à vastidão, vejo o sol se fazer poente
Como a vela que, antes ardente, se apaga
Buscando outros ares, sou forasteiro do litoral
Beirando novos mares pra sentir na pele o sol, o sal
Como quem, na areia quente, sozinho vaga
A pausa que retrata o instante, o momento
É o retrato da paisagem, da loucura da miragem
Do caos que forma o meu distante pensamento...
O ventar das idéias espalha os dizeres da mente,
Inventa vozes e ecos numa cabeça transcendente
Como os raios de sol que iluminam o horizonte
E se esse vento daqui não soprar na minha capital
Eu o invento nas árvores do planalto central
Para que, no pé do ouvido, histórias ele conte
As vozes que vem do coração, da intuição
São os ventos, adventos dos meus sonhos
Que trazem essa paz na minha solidão...
Amantes Errantes
sábado, 25 de abril de 2009
Malditos sonhos que nos separam.
O que são seus beijos rosados sem os meus?
São palavras que vagam sem rumo
Tentando encontrar outra boca que as escute com a razão que a emoção não pode ter.
E, se por um instante eu disse “te amo”,
É porque por alguma razão eu deveria dizer,
É porque meus lábios precisavam fazer sentido em outros lábios
É porque não sei viver sem você...
Se por algum instante você pensar que é para sempre,
Meu bem, não se iluda nunca mais
Pois não temos o direito de nos acorrentar
Tão cedo, tão jovens assim, tão cegos enfim.
Malditos olhos que se cegam.
O que são meus olhos cansados sem os seus pra eu repousar?
Nos cegam, nos negam ver as verdades mais óbvias
Só sabem te olhar, te admirar...
Malditos inocentes que não sabem a dor que é amar
Malditas mãos que escrevem sem pensar
Hoje, as mesmas mãos que lhe tocaram o corpo
Que lhe tocaram a alma com uma canção
Escrevem sem rumo, sem uma direção
Como pude eu perder você?
Talvez meu choro virasse a música
Que há de tocar de agora em diante...
Como o uivo dos solitários
Malditos solitários que não sabem
Que nunca, nunca estiveram tão só...
Por M.F.P. e M.M.
O que são seus beijos rosados sem os meus?
São palavras que vagam sem rumo
Tentando encontrar outra boca que as escute com a razão que a emoção não pode ter.
E, se por um instante eu disse “te amo”,
É porque por alguma razão eu deveria dizer,
É porque meus lábios precisavam fazer sentido em outros lábios
É porque não sei viver sem você...
Se por algum instante você pensar que é para sempre,
Meu bem, não se iluda nunca mais
Pois não temos o direito de nos acorrentar
Tão cedo, tão jovens assim, tão cegos enfim.
Malditos olhos que se cegam.
O que são meus olhos cansados sem os seus pra eu repousar?
Nos cegam, nos negam ver as verdades mais óbvias
Só sabem te olhar, te admirar...
Malditos inocentes que não sabem a dor que é amar
Malditas mãos que escrevem sem pensar
Hoje, as mesmas mãos que lhe tocaram o corpo
Que lhe tocaram a alma com uma canção
Escrevem sem rumo, sem uma direção
Como pude eu perder você?
Talvez meu choro virasse a música
Que há de tocar de agora em diante...
Como o uivo dos solitários
Malditos solitários que não sabem
Que nunca, nunca estiveram tão só...
Por M.F.P. e M.M.
Retrato
terça-feira, 21 de abril de 2009
(Silêncio - Henry Fuseli)
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?
Por Cecília Meireles.
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?
Por Cecília Meireles.
Suspiros e Saudades
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Ah, como eu queria...
Que ainda você fosse
Das flores, a mais bela
Dos aromas, o mais doce
Minha eterna primavera
Te fazer acordada
Ao passo de beijos de mel
Enquanto a alvorada
Ilumina o meu infindo céu
Tirar dos lábios teus
O singular jeito de sorrir
Que nos sonhos meus
Está o coração a partir
Ah, como eu queria...
Compor como compunha
Escrever como escrevia
Viver como VIVIA
Você se foi, meu bem
Minha primavera acabou
Meu inverno chegou
Meu inferno também...
Que ainda você fosse
Das flores, a mais bela
Dos aromas, o mais doce
Minha eterna primavera
Te fazer acordada
Ao passo de beijos de mel
Enquanto a alvorada
Ilumina o meu infindo céu
Tirar dos lábios teus
O singular jeito de sorrir
Que nos sonhos meus
Está o coração a partir
Ah, como eu queria...
Compor como compunha
Escrever como escrevia
Viver como VIVIA
Você se foi, meu bem
Minha primavera acabou
Meu inverno chegou
Meu inferno também...
Rimando flores com dores e não com amores...
domingo, 12 de abril de 2009
Madrugada em claro, pensando. Eu que tinha tudo, hoje estou mudo, estou mudado à meia noite, à meia luz, sonhando. O tempo passa. Já é claro e eu ainda não dormi. E nem vou. Acordado, perturbado, desnorteado. Eu mereço essa punição.
Tomo um café e um banho quente na tentativa de esquentar esse corpo frio, sem vida, na tentativa de acalentar essa alma gélida e vazia. Já que os olhos são o espelho da alma, eu choro na tentativa de lavar a minha. É tudo em vão...
Não estou bem certo se ainda vou sorrir sem um trago de amargura. E se tiver alguém que me faça sorrir, haverá você pra me fazer chorar. Eu sou poeta e não aprendi a amar.
Condorealista
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Queria ter uma visão de cima da sociedade. Não por querer ser ou querer me achar superior, apenas para observar as pessoas de uma forma geral, sem distiguir indivíduos, sem invadir as realidades individuais, pois, no fundo, são todos muito iguais.
Tenho uma imagem parcialmente formada. Vejo, lá do alto, dezenas, centenas, milhares de pequenos seres se mexendo incessantemente. Vejo as pessoas tornarem-se vermes diante de meus olhos. Vermes famintos se multiplicando em cima da carne podre e fétida. Vermes tendo que passar por cima dos outros para sobreviver. Usando da força ou da malandragem para sufocar os outros vermes semelhantes a ele. Quanto a isso, os homens não se diferenciam muito. São todos vermes indiferentes. Me desculpe se você não é assim. Me desculpe se eu tenho uma visão muito estreita das coisas. É que eu estou sem meus óculos...
Assinar:
Postagens (Atom)