Blasfemando a nossa ignorância.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

"Mas aquele que critica a vida humana, sem atacar ninguém em particular, não parece querer antes advertir e repreender por conselhos do que ferir pela sátira? Aliás, quantas vezes não sou eu mesmo atacado? Aquele que não poupa nenhuma condição humana faz ver claramente que são os vícios, e não os homens, que ele critica." - Erasmo de Roterdã em Elogio da Loucura.

Imersos em uma realidade embriagada, vê-se tão bem quanto na escuridão abissal oceânica as verdades desse mundo. Andamos descartando o 'cogito' de Descartes e mergulhando cada vez mais na 'caverna' de Platão quando nos submetemos aos dogmas - leia-se como verdades absolutamente indubitáveis e indiscutíveis - de nossa existência, em qualquer aspecto. Louvemos e cantemos a ilusão!

Solfejo à Ilusão.

Sobre algum tom menor
Recita um tenor qualquer:
O tanto que, assim, me (dó)i
Este curso da vida, tão (re)les
Imerso em mentiras (mí)sticas
Dizendo ser ela mais uma (fá)bula
E que, no fim, tudo será (sol)
Sendo o real tardar a fria (lá)pide
E o remorso entonado em "(se)"...

Prendemo-nos a ilusórios (do)gmas,
Inúmeras preces e tantas (re)zas
Meras peças de um maior (mi)to
Infundado, baseado na fala (fa)lsa
Que em nada tem de (sól)ido
E esconde-nos a última (lá)stima.
O fardo humano se faz as(si)m,
Compasso da sinfonia da ignorância
Que se acaba em Requiem...

Quem?

2 surtos poéticos/patéticos:

Mari Fernandes disse...

ahh muleque! Só podia publicar sem os parenteses pra só os cabulosos entenderem

Gabriela C. disse...

gostei do comentario de cima. hahaha :p