Coma.

domingo, 13 de abril de 2014


Nem sei que dia é hoje e nem que horas são, mas está beirando a tranquilidade mórbida de um domingo a noite. Debaixo das cobertas, ensaio conversas com interlocutores inexistentes em troca de sonolência - inútil. Minha concha, meu abrigo, onde nenhum monstro pode me atacar. E não há frio que justifique a minha presença aqui. Há, apenas, o medo de levantar e colocar os pés descalços no chão. Ninguém pode me ver, mas eu ouço tudo o que se passa lá fora. Como disse, minha casca de noz - a separação entre a zona de conforto inócua e os possibilidades lá de fora, tal qual sujeito e predicado que não se separa por vírgula. É só o que pode ser feito é permanecer induzido a ficar na cama. 

Sério, que grande merda tá esse blog. Que grande merda estou eu.'

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