segunda-feira, 1 de outubro de 2012

E findou o terrível setembro. Me lembro, me lembro daqueles dias de setembro...Antes - e quem dera - fosse sim coração partido, mas a dúvida é o inimigo maior. E a incerteza tem nos matado silenciosamente. Então, ouvi que querias, desesperada, arrancar-me de ti como quem retira o cancro parasita do corpo (e mente), o peso da pedra amarrado em teu pé que te afunda, impiedoso. Se assim o fez, talvez se sinta melhor. Se não o fez, tente. Arranque, amasse - mas não rasgue, e jogue fora. 

E se um dia quiser novos versos, abra o papel e desamasse que ainda cabem algumas palavras confortantes. Hoje não escrevo mais, não canto mais. Hoje não colho mais as flores-de-maio ou de setembro,  nem sou mais veloz como os heróis. Talvez um dia eu seja como um sapato velho ou um papel de pão, mas ainda servirei, se você quiser, basta você me calçar ou desamassar que eu aqueço o frio dos seus pés ou do seu peito...

...ou não

E tu me dizes:


 

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