Inspiração dos Céus!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

As nuvens vem e vão
E hão de sombrear o dia,
As vidas passam em vão
Em busca de uma redenção tardia
E diz-se que existe um caminho
Para tua salvação, para a luz d'alegria
Ouça ao longe o clamor!
É a voz de quem segue sozinho,
de quem pede por e pelo amor
Ouça de perto tua mágoa
É parte de um rio turbulento o choro
Desalento, logo em calmaria deságua
Queria eu ter amor e sentir de perto o ardor

As nuvens, antes alvas, escurecem
Chovem lembranças e regam esperanças
Das vidas que agora são salvas
A voz do vento avisa que já vai passar
Levando as nuvens devagar tudo vai recomeçar
E o tempo vai seguir, fluir como teu rio
Não vai perdoar, vai apagar o teu riso
Os objetos, as amizades, as verdades viram areia
E a ampulheta vai continuar, sol incendeia
Queria eu ter um sol e sentir de perto o calor
Dada, está a dádiva das nossas vidas
No final, só nos restam histórias, dores, memórias
Porque, afinal, as vidas tem seu curso, seu custo.

É preciso amar...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Tempo de amar
O tempo de amar é toda hora
Não é maré que vem e vai embora
Momento de exaltar as melhores sensações
Sentir e exalar as mais fortes emoções

O tempo de amar é o sempre
É o sempre estar por perto
Se aventurar num destino incerto
É sempre buscar o nosso sempre

O tempo de amar é todo dia
Enquanto o mais belo se aprecia
Nossos amores são como fase lunar
São novos, crescentes e cheios...
Cheios de alegria, de pureza
Cheios de harmonia e delicadeza
Cheios de carinho, do verdadeiro amar
E, assim, não podem minguar

O tempo de amar é toda hora
É sempre, todo dia, é agora!
Então viva teus amores
Liberte-se de tuas dores
O tempo de viver, de amar é hoje
Lembrar-se do que foi
Não lamentar o 'se fosse'...

Aura Noctura, a voz do vento...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Aura Noctura

Solitária estrela no céu cintila
Somente eu e meu silêncio inspirador
Sei que já não posso mais senti-la
Suave tormento que só me inspira à dor

Oh, Brisa Noturna!
Conduz-me à sensação semelhante
À minha adocicada idealização
Nos sonhos- me vem o teu semblante
Na realidade- minha feliz desilusão

Supostos sussurros de um passado
Afirmam meu mundo acizentado, sem cor
Para sempre meu futuro assombrado
Amaldiçoado, profundo, acidentado amor

Oh, Brisa Noturna!
Faz-me o teu leve sopro
Leve consigo a graça da saudade
Nos sonhos- meus delírios por amar-te
Na realidade- meus desejos pela morte

Sem sorte, o corte que sangra
Segue e desliza em meu inquieto peito
Intensas loucuras, imagem santa
E a paz se faz em meu leito...