Ontem

sábado, 30 de maio de 2009
Por que a embriaguez não tira aquilo que me aflige em lucidez? HAHAHAHAHA
Sei que não é a solução, mas ao menos é um anestésico.
E ontem foi assim...

Viper - To Live Again

Prowling through the city
Destination nowhere
Passing through the windows
Of a million lives

Drowning in depression
Looking for some action
An answer to the pain
Of my last thousand nights

If I had a way
To make some moments come back
So true and real
I will spend my life in memories
Of the past

But nobody lives in dreams
And nobody really cares
If I'm really fuckin' tired
Of this fuckin' life

So I head into a bar
And I drown all my emotions
Forget the disillusionment
I have inside

If I had a way
To make changes in the pages of
My past
Feelings are to share
Everybody needs somebody it's a fact

Wrong choice but
C'est la vie
I'm waiting for the dawn
To live again
The lonely shades of my days

TRADUÇÃO

O infinito é, realmente, um dos deuses mais lindos

domingo, 24 de maio de 2009
(Céu de Brasília - clique na foto pra visualizar melhor essa imensidão)

O velho sol e o vermelho céu. Sim, costumava me inspirar olhando pra esses dois gigantes, mas percebi hoje, voltando pra casa e vendo esse cenário, que as coisas mudaram e me mudaram também. O meu viver é uma grande confusão, já pode ser resumido como sensações sinestésicas incessantes. Os toques são ácidos, as imagens, amargas de se ver. Os gostos têm tons ásperos e as os sons são embaçados como os pensamentos.
Pensamentos embaçados e despedaçados. De criativo passou a louco, coitado. Idéias correm, correm, cansam e não chegam a lugar algum. Assim como eu ando. Sou sem rumo, sou poeta vadio. Sou escroto, sou fraco, sou frio. Sou vazio...
O grande deus dourado vai se deitando e eu aqui continuo delirando, olhando pra esse horizonte aveludado chamado céu...

“Mas eu já vi os cegos rirem. Encontrei entre os que sofrem homens grandes. Os maiores de todos. Vi aqueles que fizeram da sua dor os poemas que lemos na escola. E os outros, que no sofrimento do exílio compuseram as sinfonias grandiosas que ficaram para sempre. Inclinei-me perante esses que souberam aceitar a sua pequenez diante do Deus Criador, ou da sábia natureza - conforme o olhar de cada um - e por esse caminho encontraram a maneira de alcançar a grandeza.”

“Coitado dele que está tão cansado e abalado.”
Não peço para ter pena de mim. Como dito acima, os grandes aprenderam com a dor, depressão, sofrimento ou como desejar nomear, e eu espero aprender também. Não peço para ter pena de mim. QUERO que meu pensamento seja, como a pena, livre no vento. E que um dia essa fase passe. Infelizmente, as coisas não são como a gente QUER e irá permanecer...

Mudo e Mudado.

quinta-feira, 21 de maio de 2009
Também tenho meus dias de bloqueio.
Apesar de a depressão ser uma grande inspiração, não consigo dizer nada.
Deixo aqui pra vocês o meu silêncio.
Deixo aqui pra vocês minhas mortes cotidianas.

Universos Espelhados?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

(Retrato de Edward James - René Magritte)

Nada mais que uma cópia,
Uma troca de universos
Nada mais que uma imagem
Em paralelos inversos

Imitação reversa
Não há conversa, é só monólogo
Espelho, espelho meu - digo eu
E nenhuma resposta obtenho

Nada mais que um silêncio
Uma troca de olhares
Nada mais que uma inversão
Uma troca de lugares

Em pedaços eu me disfarço
Em pensamentos eu me desfaço
Cacos de uma mente doente

Que delira contigo
Que te faz um poema,
Inspirada nesse dilema...
- Não pense ser tão importante!
A rima quem faz sou eu, delirante

Como o universo
Meu pensar se expande em entropia
Como o verso triste do poeta
Faz-se desilusão em meio à utopia

Não sei se você me entende
Se o olhar é realmente sincero
Se seu existir, do meu depende

Os universos se unem
Real e imaginário se juntam
O espelho está partido!

Juntando os cacos
Formam-se reflexos opacos
Reflexões difusas e sem sentido!

!oditnes mes e sasufid seõxelfeR
socapo soxelfer es-mamroF
socac so odnatnuJ

!oditrap átse ohlepse O
matnuj es oiránigami e laeR
menu es sosrevinu sO

edneped uem od, ritsixe ues eS
orecnis etnemlaer é rahlo o eS
ednetne em êcov es ies oãN

aipotu á oiem me oãsulised es-zaF
ateop od etsirt osrev o omoC
aiportne me ednapxe es rasnep ueM
osrevinu o omoC

etnariled, ue uos zaf meuq amir A
!etnatropmi oãt res esnep oãN-
...amelid essen adaripsnI
,ameop mu zaf et euQ
ogitnoc ariled ueQ

etneod etnem amu ed socaC
oçafsed em ue sotnemasnep mE
oçrafsid em ue soçadep mE

seragul ed acort amU
oãsrevni amu euq siam adaN
serahlo ed acort amU
oicnêlis mu euq siam adaN

ohnetbo atsopser amuhnen E
ue ogid – uem ohlepse, ohlepsE
ogolónom ós é, asrevnoc áh oãN
asrever oãçatimI

sosrevni solelarap mE
magemi amu euq siam adaN
sosrevinu ed acort amU
,aipóc amu euq siam adaN


HAHAHAHAHA!
Homenagem ao "Espelho, espelho meu"

Eis a questão.

quinta-feira, 7 de maio de 2009
Quem é você?
Afinal, quem somos nós?
Auto-definições auto-explicativas...
Isso não basta.

Sou o preto no branco
O pecado do santo
O predicado e o sujeito
Sou o perfeito e o defeito

Sou o agora e a saudade
A mentira e a verdade
Sou a donzela e a meretriz
A pele lisa e a cicatriz

Sou a luz na sombra,
Sou a nuvem serena
Ou a tempestade amena
Sou o “cowboy” mocinho
Sou vilão e o anti-herói
Quem faz e quem destrói
Calmaria e redemoinho

Sou o sabor e o desgosto
Sou a chuva em janeiro,
E a brisa seca de agosto
Sou o oposto
Sou o último e o primeiro

Sou o falar e o calar
O sussurro e o grito
Sou assim e indefinido
Sou o infinito
Sou o retrato de amanhã

Sou a dúvida, a inquietação
Sou a ordem na confusão
Sou tanto tudo e quase nada
Sou um pouco de cada


- Pensei nessa filosofia barata enquanto estava semi- acordado no ônibus voltando do cursinho. Tava acabado e o texto "veio" entre as minhas cochiladas, ou seja, não esperem muito. Já eu, espero que vocês gostem pelo fato de tentar se definir ou definir alguém ser uma coisa bem presente e bem frequente. Quem é você pra jugar alguém ou a si mesmo? Comentem ae.
Abraço!

Carta...

domingo, 3 de maio de 2009
Remetente: Ninguém
Destinatário: Alguém

Ando sem luz. Sem uma razão para um sorrir que seja realmente sincero, ando por aí de mãos vazias, que antes se completavam nas suas. Ando aí pelas ruas e te espero. Durante uma caminhada dessas, lembrei, nos mínimos detalhes, como era estar contigo...
O sol batia em seus cabelos e revelava uma cor que, com toda a certeza, ninguém, além de mim, jamais verá igual. O castanho avermelhado que outrora via, contrasta com o cinza que já faz parte do meu dia-a-dia. Só você pra dar à minha vida a cor e o tom.
O vento soprava contra nós e a beijava tão suavemente quanto eu o fazia. E o mesmo vento que lhe dava o sorriso nos lábios, o levou com a ventania. A música dos ventos era tocada em nossos ouvidos e embalava as nossas danças e brincadeiras infantis. Só você pra dar à minha vida um bom som.
O tempo oscilava entre a pausa do olhar e dinamicidade das frases de amor. As palavras seguiam com o vento enquanto os abraços nos prendiam um ao outro, mas nem sempre ao chão.
Voávamos sem direção, exatamente como eu ando agora. Só que, em vez da primeira pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo de “voar”, vivo, HOJE, o presente, o presente da primeira pessoa do singular do indicativo de “andar”... Não sabia que a minha Última Flor do Lácio poderia ser tão murcha e triste assim...
Não me esqueço de como gostava de enfatizar que, dos sorrisos, o teu era o mais belo. Não só por dizer a verdade, mas para poder vê-lo mais uma vez. Quem sabe um pouco de egoísmo de minha parte?
Por mais que digam que irá passar, eu não acredito. Não sou de acreditar em muita coisa mesmo...
O sol iluminava, o vento corria e eu te beijava. Lembranças que, querendo ou não, irão permanecer. Minha vida fez-se furacão, fez-se ventania e agora só me resta um pouco de emoção nessa nostalgia.

– Tempo que foi imperfeito apenas na classificação, pois a perfeição era inquestionável...
Ouvir: Um dia, um adeus - Guilherme Arantes
Link - http://www.youtube.com/watch?v=mNuZfI7-fyk