Travo.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Fui tentar cantar, mas no entrave entre as vozes da razão e da emoção, 
apenas um travo de amargura, engasgo, aperto.

De fato, há algo diferente
Em minha voz, descrente
Que agora trava, ignora
A vontade do pulmão
De soprar a canção,
Que em outrora
Soara natural...
Tenho o aval
Para qualquer
Trova que quiser
Mas não, não essa...
Que a voz cessa,
Trava!
De fato, há um tom errante
Em minha voz, tão distante
Que se aperta, se perde
E no peito se acovarda,
Mas que resguarda
A minha dor,
O meu amor.


"Engraçado" como não canto mais como antes. A voz falha, treme, assim como minhas pernas. Cambaleio, mas não paro. O mundo costumava ser mais fácil. 

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