Vinho de Rosas.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ao longe, o sino da capela bate e uma sombra deixa um rastro escarlate por onde passa até a décima segunda badalada. Tomai todos e bebei!

Cerram as púrpuras pálpebras
Sob o piso de pétalas pútridas 
Na face lânguida, desfalecente
Faz-se a luz da lua reluzente!

A figura funérea traja escarlate
E debruça sedenta sobre a donzela,
Desafortunada presa para o abate
Enquanto voam pétalas pela janela

Eis a última ceia que está servida!
Demoníaco, arrebata a esperança
Até a última gota que no colo desliza 
Arrastando o suspiro final d'uma vida...

São ilusões em sangue embebidas
De onde vêm quimeras impossíveis
Sim, sonhos, fantasias perecíveis!
Tal como aquelas pétalas fenecidas...

Errante pelas velhas sepulturas jaz a maldita alma sob a cruz; e se alimenta da vida e da inocência presente em cada sonho - um vampiro sedento que profana todo cálice que lhe encosta os lábios e azeda até o vinho das pétalas de rosas...

"Sou o sonho da tua esperança, tua febre que nunca descansa, o delírio que te há de matar!" Sim, amiguinhos, esse sou eu - a figura escarlate! Bizarro, bizarro hehe  

1 surtos poéticos/patéticos:

Mari Fernandes disse...

maaassa bagarai!!! xD