Ecos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Ainda que no meu lábio seco se dissesse

Uma última súplica, pedido feito prece

E nele se escorresse uma lágrima morta

É o arrependimento que não se esquece,

Que no choro não fenece,

E tampouco o reconforta.



A um perdão que nunca vem, desaparece

Tal qual miragem que ilude e desvanece  

Nas névoas densas de um inverno morno

A mágoa vira água e evapora e umedece

De algum jeito permanece

Em um eterno retorno.