Rubescência.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

"O sol nasceu vermelho"
Do breu fez-se a cor amanhecida 
Estampada no céu de sangue vivo
Que escorria por entre as nuvens
Colorindo como verbo defectivo
Que não se conjuga mais. 

E eu não sei se o céu ficou assim
Pela minha saudade adormecida
Ou a saudade se declarou carmim
Escorrida pela vontade do céu
Que não quer mais chorar. 

E se não sente, insiste na dormência
De não sentir a chuva nos olhos 
E sangue nas veias, o que é imposto
É a memória quente, cor-de-canela, 
Na rubescência do rosto.



Leaving rope burns
Reddish rouge

1 surtos poéticos/patéticos:

Mari Fernandes disse...

boto fé