Liberto.

sábado, 3 de dezembro de 2016

"Estou aqui onde sempre quis estar
Devo tudo isso a ti, mas preciso voar..."
Scalene


(Haven de Vladimir Kush) 



Meu doido coração, aonde vais
Afoito em busca dos quatro ventos?
És doído, vide as correntes austrais 
E te prepara para futuros lamentos!

Vai, sem demora, para a liberdade
Mas te retornas de novo à quietude 
Sem o embaraço de sentir saudade
E de amar, portanto, amiúde!

Veleja entre os mares mais bravios
Sem receio de encontrar a calmaria.
Aonde vais então, oh, vadio coração?

Tomam a guia do amor os desvarios...
E a riqueza mais rara és tua alforria
De amar sem medo d'outra desilusão!


0 surtos poéticos/patéticos: